Dra. Patrícia é formada pela Faculdade de Medicina do ABC e possui residência médica em Clínica Geral e em Nefrologia pela Faculdade de Medicina da USP. É Doutora em Nefrologia no grupo de Doenças Metabólicas Ósseas relacionadas a Doença Renal Crônica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. É Pós-graduada em Nutrologia pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

Além de atender em seu consultório particular, Dra. Patrícia é médica e Vice Diretora Clínica do Hospital Israelita Albert Einstein.

O papel do Nefrologista

Nesse vídeo falo sobre as minhas especialidades em Clínica Médica e Nefrologia, explicando o papel do Nefrologista e a ligação entre algumas doenças e o funcionamento dos rins.

O papel do Clínico Geral

Nesse vídeo falo sobre a minha especialidade em Clínica Geral. Se por um lado os amplos avanços da medicina tornam os médicos cada vez mais especializados em suas áreas, os pacientes cada vez sabem menos qual especialista procurar pelos sintomas que sentem. 🤷‍♀

Uma dor no peito pode necessitar um cardiologista se pensarmos em algo relacionado ao coração, mas também pode ser um refluxo e aí o gastroenterologista seria melhor...ou quem sabe pode ser uma angústia e aí não seria melhor o psiquiatra?

Aí entra a figura do clínico geral. Um profundo conhecedor de medicina e do paciente, seu contexto pessoal e familiar e suas peculiaridades. Dessa forma tem a possibilidade de ser mais assertivo no diagnóstico e/ou no encaminhamento ao especialista específico para o caso do paciente.

Além disso, um importante papel do clínico é a promoção da saúde, orientar e trazer melhorias para a qualidade de vida dos pacientes. Estudos mostram que manter um médico de confiança ao longo da vida, traz benefícios à saúde do paciente, aumentando a sua longevidade.

Dia do Médico

A medicina para mim foi um chamado.

Sempre me vi na missão de cuidar.

Inicialmente queria ser bióloga para cuidar dos animais. Depois percebi que minha vocação era para cuidar de gente. Achava que um dia poderia estudar muito e entender tudo sobre o funcionamento dessa incrível máquina que é o ser humano e então ajudaria a curar doenças graves e quem sabe até descobrir a cura de algo que nem sabia bem o que era.

Hoje, passados 21 anos do início dos meus estudos na medicina, percebo que fiz a escolha certa. Não me vejo em outra profissão. Sinto que tenho uma missão de vida que envolve cuidar, ouvir, entender, orientar e curar. Curar nem sempre.

Aprendi que nem sempre somos capazes de salvar mas às vezes podemos aliviar uma angústia, um medo, uma dor. E isso é igualmente importante.

Estudo muito. Fiz 3 residências médicas depois da faculdade. Doutorado, cursos e mais cursos. Estudo todos os dias no consultório, com cada um de meus pacientes e suas histórias de vida. Estudo também tarde da noite no silêncio de casa. Muita dedicação, muitos sacrifícios.

Mas a recompensa da melhora do paciente, da volta de um sorriso escondido ou da esperança em um olhar outrora triste, me traz força e alegria para mais um dia, novos desafios pela frente e a certeza de que estou no caminho certo.

Minha homenagem a todos os meus colegas que escolheram a medicina pelo amor ao próximo e pela missão que sentem carregar. Aos médicos que enfrentam dificuldades todos os dias mas não desistem de seguir rumo ao bem maior, nossos pacientes.

Dia Internacional da Mulher

Sabemos que pacientes com doença renal crônica apresentam muitas vezes sintomas desconfortáveis como cansaço, ansiedade, dores, insônia, depressão. E cada vez, mais há um movimento em relação a melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

Além de medicamentos, sabemos que outras intervenções apresentam potencial de melhora.

Esse mês um artigo de uma grande revista de nefrologia colocou a música como um alimento para a vida e como potencial parte do tratamento para nossos pacientes.

Impressionante o poder da música em expressar sentimentos, em relaxar as pessoas e até curar. Leia mais..

Estudos recentes vem mostrando cada vez mais a interação entre o intestino e os rins, através de uma microbiota não saudável como possível peça chave na geração e progressão da doença renal crônica.

Estudos mostram que a falta de alguns tipos de bactéria como Bifidobacterium e Lactobacillus no intestino podem se associar a piora de função renal.

Sabemos que através da dieta, as vezes associadas a suplementos, podemos mudar nossa composição de bactérias em diversos cenários. Por essa relação, diversos estudiosos vem questionando essa possibilidade na terapêutica da doença renal. Leia mais..

No post anterior falei sobre o estudo que verificou que o alto consumo de ultraprocessados está associado a aumento do risco de demência. Algumas pessoas me perguntaram qual seria a diferença entre os tipos de alimentos. E é sobre isso que vou falar nesse post.

𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗮̃𝗼 𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲𝗺 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮?

São aqueles obtidos diretamente da natureza ou dos animais, sem sofrer qualquer alteração. São exemplos os legumes, frutas, verduras, tubérculos, carne bovina, suína, aves, pescados frescos, frutos do mar.

𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗮̃𝗼 𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗺𝗶𝗻𝗶𝗺𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗽𝗿𝗼𝗰𝗲𝘀𝘀𝗮𝗱𝗼𝘀?

São aqueles que passam por pequenas intervenções antes de chegarem ao mercado, mas não recebem nenhum outro ingrediente durante o processo (nada de sal, açúcar, óleos, gorduras ou aditivos). São feitos alguns processos, como limpeza, secagem, embalagem, pasteurização, resfriamento, fermentação, que aumentam a duração dos produtos in natura e permitem que sejam armazenados de maneira correta até chegarem ao consumidor. São exemplos as frutas secas, leite de saquinho, grãos.

Leia mais...

Parece assustador e é mesmo. Novas pesquisas novamente mostram a importância do que ingerimos em nossa saúde global.

Pesquisadores do UK Biobank acompanharam por 10 anos cerca de 72.000 pessoas, com média de idade de 61,6 anos, que não tinham demência no início do estudo. Após esses 10 anos de estudo, cerca de 518 participantes apresentaram um quadro demencial. O estudo constatou que os alimentos ultraprocessados aumentam o risco de demência e sua substituição por alimentos não processados ou muito pouco processados diminuiu o risco.

As bebidas se destacaram no consumo dos alimentos ultraprocessados, seguida dos alimentos açucarados, laticínios e salgadinhos. Leia mais...

Sempre digo que o paciente deve ser visto por inteiro, ou seja, se tratarmos apenas de um órgão certamente deixaremos de entender algum aspecto da doença que pode ser importante para o sucesso do tratamento.

Mas indo direto ao ponto, o que a Paratireoide, uma glândula que fica lá no pescoço (não é a Tireóide!) tem a ver com os rins que estão tão longe dela?

A resposta é TUDO!! Leia mais...

Nem todas as pedras do rim são formadas da mesma forma.

Por isso o ideal é fazer uma avaliação individualizada para cada caso. Através de exames de sangue, urina e, se disponível, do próprio cálculo, teremos um tratamento específico para cada caso aumentando as chances de sucesso!

Gostou? Compartilhe com pessoas que você conheça e que também tenham cálculo renal.

O cálcio não é inimigo!! Eu já disse em outros posts, mas gosto de sempre lembrar que NÃO orientamos reduzir cálcio da alimentação para reduzir as pedrinhas nos rins. Ao contrário, desde que não em excesso, o cálcio é fundamental principalmente para a saúde dos ossos.

Gostou? Então marque aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!

Você já ouviu falar em reduzir ingesta de oxalato pra reduzir as pedrinhas do rim?

Na realidade o oxalato esta presente em diversas frutas, verduras, castanhas, grãos e até no chocolate!! Gente imagina mandar reduzir tudo isso na alimentação??

Ainda bem que o importante é seguir minha dica: não reduza oxalato a não ser que recomendado especificamente para o seu caso, mas sempre tente ingerir o cálcio junto na refeição! Sim! Dessa forma há grande chance dos dois se juntarem no estômago e intestino e a absorção do oxalato será reduzida! Dessa forma menor a chance das pedrinhas se formarem!

Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!

Siga a dieta e a prescrição médica dada pelo seu nefrologista: estatísticas mostram que cerca de 15% das pessoas não tomam o medicamento proposto e, pior, 40% não seguem a mudança na alimentação. O problema é que quem já teve cálculo renal uma vez tem 35-50% de chance de formar outra pedrinha!

Então se esse for seu caso, fique atento para não passar apuros! Siga as recomendações que elas certamente vão te ajudar!

Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!

Não subestime seu suor. Dias quentes podem fazer com que nossa urina fique mais concentrada e dessa forma que os minerais precipitem mais fácil na urina. Por isso uma dica é ficar de olho na cor da urina e beber água para que ela fique sempre clarinha.

Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!

A cura ou o controle das suas doenças pode vir em boa parte de dentro de você. Tudo depende dos seus hábitos. Sem mudanças nos comportamentos que te fizeram adoecer, não mudaremos o curso das nossas doenças.

Mudanças de estilo de vida são mais difíceis do que engolir pílulas de medicamentos, mas muitas vezes, podem ser até mais eficientes.

Deixo aqui essa reflexão.

Se você tem algum ou alguns desses sintomas aqui vai a dica:

Veja como anda seu intestino! Do que anda se alimentando? Que horas aparecem os sintomas?

Um intestino doente pode ser um grande contribuinte para queixas como as acima citadas.

Comece a olhar com mais atenção a tudo que tem ingerido. Repense os alimentos e suas funções. E lembre-se: mesmo alimentos saudáveis podem não ser os ideais pra você num determinado momento da vida.

Na dúvida, procure ajuda médica para o diagnóstico e tratamento corretos.

Diversos estudo vêm mostrando a importância da microbiota saudável visando a saúde de forma integral no indivíduo.

Quando eu digo microbiota estamos falando de bactérias, vírus, fungos e até protozoários.

Sempre explico aos meus pacientes que temos mais bactérias do que células em nosso corpo e precisamos, cada vez mais, entender o seu papel no organismo…hoje sabemos apenas uma parte de um grandioso mundo a ser desbravado!

Mas o post de hoje é sobre sua relação com doenças como alterações relacionadas ao humor e até ansiedade e depressão. Leia mais..

Sempre achei que ter um médico de referência fosse algo natural e que pudesse dar uma segurança ao paciente de que ele seria sempre cuidado.

A pandemia do Covid 19 mostrou ainda mais a necessidade do médico de confiança para orientações e cuidados quando mais precisamos e quando menos podemos sair de casa atrás de um médico. Com tantas polêmicas no tratamento, confiar no profissional foi essencial para os momentos de maior dificuldade.

Tenho muito orgulho de hoje cuidar de famílias que aos poucos vão se somando no consultório. Leia mais...

A resposta é não!

Na realidade, embora o cálculo de oxalato de cálcio seja o mais comumente formado, é importante que saibamos que o cálcio não é um inimigo, e, na realidade, a redução da sua ingesta pode até aumentar a formação deles!

Além disso sabemos que o cálcio é importante na formação e manutenção da saúde dos nossos ossos.

Portanto, não reduza a ingesta desse importante elemento. Leia mais..

Gente!! Pára tudo!! Tive que escrever esse alerta pra vocês porque só no último mês atendi 3 casos de intoxicação por vitamina D!

Vocês devem se perguntar “como assim?! Vitamina D? Aquela do COVID??”

Essa mesma! Muita gente andou se auto medicando com a vitamina e como a absorção é muito individual, ou seja, com a mesma dose da vitamina uns absorvem muito e outros pouco, muita gente tem tido uma hipervitaminose D! Isso ocorre porque o excesso da vitamina D não é facilmente eliminado do organismo uma vez que se acumula na gordura. Portanto, diferente de outras vitaminas, o corpo não elimina essa vitamina facilmente na urina. Leia mais..

Me tornar mãe foi descobrir uma nova parte do meu ser. Não foi da noite pro dia, eu confesso. Mas aos poucos fui deixando o eu e virando nós.

Deixamos nossas vontades pelas deles, abdicamos de boa parte de nosso tempo e nosso sono por eles. Em troca do que? De seus sorrisos, seus abraços, beijos. Em troca de vermos nossos filhos felizes.

Essa é a criação do maior e mais inexplicável amor, que só a própria natureza é capaz de entender. Um amor que transborda, e que nos faz querer cuidar, estar junto, sofrer junto, vibrar com as pequenas vitórias e participar de cada memória que vem sendo criada!

Parabéns a todas nós que nos esforçamos para darmos sempre o melhor para aqueles que mais amamos! Temos grandes missões como mãe, esposa, profissionais, sem esquecermos de nossa verdadeira essência! Dentre todos, sem dúvida, a maternidade é o maior e mais complexo desafio que enfrentaremos em nossa jornada pela vida.

Se você tem alguns desses sintomas: gases, estufamento principalmente após se alimentar, constipação ou diarreia, azia, cansaço e fadiga você pode ter SIBO: Síndrome do super crescimento bacteriano no intestino delgado (sigla em inglês).

Isso significa uma proliferação anormal e exagerada de bactérias “ruins” no seu intestino. Essa proliferação pode gerar alteração em absorção de nutrientes, deficiências nutricionais e uma inflamação intestinal com múltiplas consequências pro organismo.

Muitos pacientes tem esses sintomas há muito tempo e acham normal. Não é normal!

Procure seu médico para diagnóstico correto e tratamento. Normal é nos sentirmos bem com nossa digestão e dispostos para o nosso dia a dia.

A progressão da doença renal crônica leva ao que chamamos de Caquexia, uma redução importante do apetite gerando redução da ingesta de alimentos. Apesar disso, o gasto de energia não se reduz e o resultado é a perda de peso progressiva com importante perda muscular em grande parte dos pacientes.

Através da terapia nutricional, o entendimento das angústias do paciente e através de suplementação (muitas vezes específica para esses pacientes) é possível melhorarmos esse quadro tão perigoso. Procure ajuda especializada. Faz toda diferença!

Você conhece alguém com doença nos rins? Se sim, salve esse post e encaminhe para essa pessoa. Você pode ajudá-la.

Hoje é o Dia Mundial do Rim, um dia de conscientização sobre a importância da doença renal. Uma doença muito frequente (1 em cada 10 pessoas) e que vem aumentando a cada ano!

Talvez você não tenha ouvido falar sobre isso...provavelmente porque a insuficiência renal é geralmente uma doença de poucos sintomas, e em geral, passa desapercebido até que os rins parem quase por completo e a pessoa comece a ter inchaço no corpo, principalmente nas pernas, mal estar, enjôo, perda de apetite e fraqueza.

E quantas pessoas com esses sintomas nem pensam que podem estar com problema nos rins?

Esse é a grande questão. Reverter uma doença é muito mais difícil que preveni-la!

Então vamos juntos começar a cuidar de sua saúde? O rim é um reflexo da saúde global! Medidas simples, do dia a dia, já podem ajudar muito!