Sempre digo que o paciente deve ser visto por inteiro, ou seja, se tratarmos apenas de um órgão certamente deixaremos de entender algum aspecto da doença que pode ser importante para o sucesso do tratamento.

Mas indo direto ao ponto, o que a Paratireoide, uma glândula que fica lá no pescoço (não é a Tireóide!) tem a ver com os rins que estão tão longe dela?

A resposta é TUDO!!

Uma das grandes funções dos rins é ajustar os ions do corpo como sódio, potássio, magnésio, fósforo e também o cálcio! Mas os rins não fazem isso sozinhos.

A Paratireoide produz um hormônio chamado Paratormônio que ajuda a regular o cálcio no sangue.

Por que falar sobre isso?

Entre outros motivos, sabemos que os cálculos renais renais podem ser formados por um aumento exagerado na produção do PTH jogando muito cálcio no sangue e na urina!

Portanto essa pode ser uma causa metabólica para formação das pedras no seu rim!

Não deixe de investigar com seu nefrologista.

Vetores: Freepik e GratispngPostado dia 15/08/2022

Não subestime seu suor. Dias quentes podem fazer com que nossa urina fique mais concentrada e dessa forma que os minerais precipitem mais fácil na urina. Por isso uma dica é ficar de olho na cor da urina e beber água para que ela fique sempre clarinha.


Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!


Postado dia 25/07/2022

O cálcio não é inimigo!! Eu já disse em outros posts, mas gosto de sempre lembrar que NÃO orientamos reduzir cálcio da alimentação para reduzir as pedrinhas nos rins. Ao contrário, desde que não em excesso, o cálcio é fundamental principalmente para a saúde dos ossos.


Gostou? Então marque aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!


Postado dia 26/07/2022

Siga a dieta e a prescrição médica dada pelo seu nefrologista: estatísticas mostram que cerca de 15% das pessoas não tomam o medicamento proposto e, pior, 40% não seguem a mudança na alimentação. O problema é que quem já teve cálculo renal uma vez tem 35-50% de chance de formar outra pedrinha!

Então se esse for seu caso, fique atento para não passar apuros! Siga as recomendações que elas certamente vão te ajudar!


Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!


Postado dia 27/07/2022

Nem todas as pedras do rim são formadas da mesma forma.

Por isso o ideal é fazer uma avaliação individualizada para cada caso. Através de exames de sangue, urina e, se disponível, do próprio cálculo, teremos um tratamento específico para cada caso aumentando as chances de sucesso!

Gostou? Compartilhe com pessoas que você conheça e que também tenham cálculo renal.


Postado dia 28/07/2022

Você já ouviu falar em reduzir ingesta de oxalato pra reduzir as pedrinhas do rim?

Na realidade o oxalato esta presente em diversas frutas, verduras, castanhas, grãos e até no chocolate!! Gente imagina mandar reduzir tudo isso na alimentação??


Ainda bem que o importante é seguir minha dica: não reduza oxalato a não ser que recomendado especificamente para o seu caso, mas sempre tente ingerir o cálcio junto na refeição! Sim! Dessa forma há grande chance dos dois se juntarem no estômago e intestino e a absorção do oxalato será reduzida! Dessa forma menor a chance das pedrinhas se formarem!


Gostou? Então envie o link para aquele amigo que também tem pedrinhas no rim!


Postado dia 29/07/2022

A resposta é não!

Na realidade, embora o cálculo de oxalato de cálcio seja o mais comumente formado, é importante que saibamos que o cálcio não é um inimigo, e, na realidade, a redução da sua ingesta pode até aumentar a formação deles!


Além disso sabemos que o cálcio é importante na formação e manutenção da saúde dos nossos ossos.

Portanto, não reduza a ingesta desse importante elemento.


A recomendação é de 1000-1200mg ao dia cálcio para prevenção dos cálculos.

Para lembrar algumas fontes de cálcio:

Leite, iogurte, queijos além de sardinha, couve, rúcula, chia, alecrim, tofu, amêndoa, soja, nozes e grão de bico entre outros.


Se você tem pedras no rim ou alguém que você conhece marque aqui essa pessoa! Essas dicas podem ajudar alguém.


Postado dia 06/06/2022Imagens: Freepik

Eu sempre digo que para entender os rins precisamos entender o organismo como um todo, porque na medicina, muitas vezes, desconsideramos a imensa integração entre os órgãos e sistemas, e aí nosso raciocínio se torna superficial e incompleto.


Nesse contexto, cada vez mais vejo que o intestino tem um papel fundamental nessa integração.


Hoje o assunto é eixo intestino-rins na formação dos cálculos de oxalato de cálcio.


Estudos mostram que a microbiota intestinal (aquelas bactérias, vírus, fungos até que habitam nosso corpo) de pacientes com cálculo de cálcio é diferente dos que não tem as pedrinhas (muito interessante!). Além disso, a microbiota urinária não parece ser igual a intestinal e pacientes formadores de cálculo tem por exemplo menos Lactobacillus.


Hoje vou dar duas dicas para evitarmos a formação de cálculos através da mudança de microbiota:


1. Evitar uso de antibióticos desnecessários. Sabe aquela dor de garganta que iria melhorar mas que as vezes acaba ganhando um antibiótico? Ou aquela gripe que logo é tratada para melhorar mais rápido??

2. Alimentação dita ocidental: rica em sal, carboidratos, industrializados e processados. Essa dieta modifica as bactérias intestinais e pode resultar em um maior risco de formação dos cálculos.


Cada vez entendemos mais que não existe um único vilão para nossas doenças. São nossos comportamentos e nosso estilo de vida que, muitas vezes, determinam nossas doenças ou nossa saúde.


Já parou pra pensar nisso?


Ref. Gut 2018;67:2097-2106Nutrients.2020 Feb;12(2):548
Vetores: Freepik e pngtreePostado dia 26/10/2021

Quando temos a cólica renal, precisamos investigar com um nefrologista o porque isso está acontecendo. Há grande chance que essa crise irá ocorrer novamente na sua vida. Não basta fazer o procedimento de retirada do cálculo. É necessário entender os motivos e o que pode ser feito para evitar a formação de um novo cálculo.


Você acha que a única maneira de evitar a pedra no rim é bebendo água? Você está enganado, existe muito mais que pode ser feito.


Postado dia 13/07/21Imagem: Wayhomestudio, Freepik

A microbiota tem sido cada vez mais estudada quando falamos em doenças metabólicas, obesidade, doença coronariana e alergias.


Acredita-se que alterações na população de bactérias intestinais possam também intervir no risco de desenvolvimento de doença renal e especialmente na formação dos cálculos renais.


Um estudo recente de fato mostrou diferenças na microbiota entre pacientes com e sem cálculos renais, em especial, a bactéria oxalobacter formigenes parece proteger contra a formação de alguns tipos de cálculo de oxalato de cálcio. Na ausência da bactéria, ocorre aumento do oxalato na urina e maior formação das pedras.


Falo sempre aos meus pacientes que temos que entender as bactérias como parte de nós e que podem estar muitas vezes ao nosso favor, participando de diversas etapas metabólicas no organismo.


Por isso a visão do individuo e não de um órgão a ser tratado é tão importante. Nesse caso, tentarmos cada vez mais deixarmos o intestino “em ordem”, com uma microbiota considerada saudável, com um bom funcionamento, ja é uma importante parte do tratamento.


Postado dia 01/07/2021Vetores: gratispng

Aproximadamente 80% dos cálculos renais são compostos por cálcio, sendo 70% oxalato de cálcio e 10% fosfato de cálcio.


A formação dos cálculos renais se deve a diversas anormalidades metabólicas. Entre os principais fatores implicados estão a baixa ingesta de água e a eliminação aumentada de cálcio na urina.


Estudos mostram que a eliminação de cálcio urinária aumenta no inverno, o que consideramos um fator de risco para aumentar a formação de cálculos.


Por isso, mesmo durante o inverno, capriche na água e evite ingesta de sal. Sabemos que esses fatores podem se somar e aumentar a formação dos cálculos de forma silenciosa.


Quem já teve cólica renal sabe que um dia esse silêncio pode sumir e uma das piores dores da vida pode aparecer: a cólica renal!


Por isso insisto na prevenção da formação dessas pedras, e no estudo metabólico e bioquímico dos cálculos.

E não se descuidem no inverno.


Postado dia 24/06/2021.Imagem e vetor: Freepik

Se jogarmos essa pergunta no Google as respostas parecem ser as mais diversas. Mas como sempre digo: cuidado com as fontes de informação...


De fato a dúvida advém do fato de eletrólitos, em especial o sódio, quando em quantidade aumentada na urina facilitar na precipitação de cálcio urinário aumentando os cálculos renais.

Bebidas isotônicas são ricas em água, sais minerais e carboidratos.


Um estudo em ratos realizado no Brasil mostrou que o uso dessas bebidas após o exercício 2x/dia não alterou os eletrólitos (sais) no sangue nem na urina em relação ao grupo que não recebeu isotônico. Entretanto, foi detectado na urina dos ratos que receberam a bebida, a presença de um material amorfo caracterizado como proteína de Tamm-Horsfall. Essa proteína é sabidamente a matriz para formação de cálculos renais, o que sugeriu maior risco de formação de pedras com uso de isotônicos.


Entretanto esse estudo não foi reproduzido em humanos, e por isso não sabemos se o mesmo aconteceria realmente conosco.

O isotônico teria por outro lado o citrato que poderia ser um fator protetor na formação dos cálculos. Entretanto, a quantidade dessa substância não parece ser alta o suficiente para nos proteger.


Portanto ainda restam duvidas. A depender do esporte e intensidade de treino o isotônico pode ter efeitos diferentes.


O fato é, que além dos minerais, os isotônicos tem em sua composição carboidrato em diversas quantidades, de modo que podem aumentar o ganho de peso naqueles que estão justamente tentando perder. Por isso não tome isotônicos como se fosse agua. Ele tem indicações certas. Se informe para suas decisões e fique atento às suas escolhas.

Imagem: FreepikRef. Braz J Med Biol Res, 2005, vol. 38(04) 577-582Postado dia 10/02/2021.

A homeostase do cálcio é um processo complexo e regulado principalmente por meio de uma interação entre os intestinos, rins e ossos. A absorção intestinal de cálcio é determinada por muitos fatores, incluindo a quantidade de ingestão regular de cálcio, bem como os níveis de vitamina D e hormônio da paratireóide.

A absorção intestinal de cálcio é provavelmente diferente entre os formadores e não formadores de cálculos, com níveis mais elevados de absorção de cálcio em pessoas com histórico de cálculos, independentemente da ingestão de cálcio.

Entretanto, hoje não recomendamos mais a restrição de cálcio na dieta, pois isso pode levar à desmineralização óssea e a um aumento na formação de cálculos. Isso mesmo, a ingestão de cálcio na dieta é provavelmente um fator de proteção contra a formação de cálculos e este é provavelmente o caso independentemente de o cálcio da dieta ser proveniente de laticínios ou não.

Portanto não descuide de sua ingesta de cálcio!

Postado dia 25/11/2020.Video: Imagem

70% são de oxalato de cálcio e fosfato de cálcio. Do restante 10% estruvita, 10% ácido úrico. Menos de 1% cistina e relacionado a medicamentos.

Após análise clínica e laboratorial da urina, conseguimos averiguar tipos de cristais em formação, e também os componentes bioquimicos principais da urina.

Assim é possível estabelecer um tratamento direcionado caso a caso.

O que vale para todos é aumentar a ingesta de água para cerca de 2,5L/ dia (podendo ter variações) e restrição de ingesta de sal (aliás sabemos que sal é um grande vilão pra saúde e deve ser ingerido em pequena quantidade de qualquer forma...)

E o cálcio? Devemos restringir?? Aumenta risco de pedra nos rins??

Se quiserem saber conto num próximo post...

Imagem: The Korean Society of Clinical Nutrition Ref: Clinical Nutrition Research; Nutritional Management of Kidney Stones (Nephrolithiasis). 2015.Postado dia 23/11/2020.

👉A prevalência de cálculo renal na população beira os 10%, ou seja, um em cada 10 indivíduos! A taxa de recorrência é espantosamente alta: 30-50% dos casos.

👉Os cálculos renais devem ser vistos como uma desordem sistêmica que se associa a pressão alta, resistência a insulina, doença renal crônica, doença cardiovascular e óssea. Portanto a abordagem ao paciente deve ser sistêmica e voltada ao indivíduo e não somente às pedrinhas nos rins.

👉Como já abordei em um outro post, obesos têm maior risco de cálculos renais.

👉As intervenções nutricionais e de estilo de vida são essenciais para prevenção dos cálculos e certamente ajudam nos outros fatores associados já citados.

👉Outras vezes usamos em conjunto medicamentos para tentar reduzir a formação desses cálculos. Outros casos ainda o paciente deve ser operado da paratireoide (uma glândula que fica em cima da tireoide).

👉O estudo através de exames de sangue, imagem e dosagens na urina de 24hs pode ajudar a personalizar o atendimento ao paciente, propondo medidas específicas para cada caso.

ref: Nutrients 2019;11(5):1182Publicado dia01/07/2020.Imagem:: tutatama|Freepik.

👉Nesse post quero falar de um grupo de risco pouco conhecido para aparecimento dos cálculos renais: Os obesos.

👉Pois é! Os obesos estão em todas...já não bastasse ser fator de risco para diversas doenças como hipertensão arterial, diabetes, e mais recentemente um dos alvos do COVID-19 que mais complicam (!) Agora digo a vocês que os obesos também têm mais cálculo renal.

👉Pacientes obesos aumentam substâncias na urina como cálcio, oxalato, ácido úrico e sódio, que estão relacionadas a maior formação de pedras nos rins. Um dos possíveis motivos é a maior resistência a insulina, que pode mudar o pH urinário; os hábitos alimentares muitas vezes menos atentos, incluindo alimentos com maior chance de formar cálculos e também menor ingesta de água. Nesse grupo dos obesos a recorrência dos cálculos é ainda maior que na população geral.

👉A prevenção das pedras nos rins nesses pacientes passa por estudo laboratorial, para avaliar individualmente os fatores causais que muitas vezes podem ser minimizados através de mudanças nos hábitos alimentares, com retirada ou introdução de alimentos específicos e algumas vezes, até uso de medicamentos.

👉As cirurgias de obesidade também se relacionam a determinados tipos de pedras, mas isso é assunto para outro post!

Fonte: Minerva Urologica e Nefrologica 2018;70:393. Imagem: FreepikPublicado dia 09/06/2020.

👉O limão o e outras frutas cítricas são ricos em ácido cítrico e são eliminados na urina na forma de citrato.

👉Qual a importância disso?

Os cálculos renais (as famosas pedrinhas nos rins) podem se formar por um ambiente ácido na urina associado a baixa ingesta de água. O citrato, vindo nesse casos das frutas, pode reverter essa acidez e assim, nesses casos, ajudar a prevenir a formação de novos cálculos. Legal né?

👉Simples e eficaz. E melhor: totalmente natural.

👉Mas lembre-se que existem vários outros fatores causadores de cálculos renais. Um estudo individualizado com exames de urina, sangue e exames de imagens são importantes para personalizar o tratamento e prevenir a formação de novos cálculos de forma eficaz. 😊

👉Gostou da dica? Tem muitas outras quando assunto é cálculo renal.

👉Prevenir é sempre melhor!😉

Imagem disponível em Freepik

👉 Uma das funções primordiais dos rins é a de eliminar o excesso de líquidos do organismo. Portanto pessoas que não conseguem urinar quantidades adequadas certamente estão com disfunção dos rins.

👉 Entretanto o contrário NÃO está correto!😳

👉 Isso porque nossos rins TAMBÉM são responsáveis por filtrar o nosso sangue e eliminar resíduos do organismo que não serão mais usados.

👉 Por isso pode-se urinar em QUANTIDADE adequada, mas não em QUALIDADE, ou seja, eu posso não eliminar todos os resíduos tóxicos do meu organismo.

👉 Portanto fique atento! Faça seus exames de rotina e consulte um bom médico para te ajudar a cuidar de sua saúde. 😊🧘🏋🏻‍♀️🥙

Postado dia 31/07/2020.Imagem: pngtree

Nesse vídeo respondo o porquê que no verão as pessoas têm mais cálculo renal.

Nesse vídeo falo sobre Cálculo Renal (Pedra nos Rins), uma doença muito frequente no meu consultório.

Entrevista para a TV Alphaville

Entrevista para TV Alphaville sobre cálculos renais.