Estudos recentes vem mostrando cada vez mais a interação entre o intestino e os rins, através de uma microbiota não saudável como possível peça chave na geração e progressão da doença renal crônica.


Estudos mostram que a falta de alguns tipos de bactéria como Bifidobacterium e Lactobacillus no intestino podem se associar a piora de função renal.


Sabemos que através da dieta, as vezes associadas a suplementos, podemos mudar nossa composição de bactérias em diversos cenários. Por essa relação, diversos estudiosos vem questionando essa possibilidade na terapêutica da doença renal.


Estudos mostram que a dieta mediterrânea e ainda mais a dieta pobre em proteínas podem ajudar na microbiota em casos selecionados (de modo controlado por médico e nutricionista) nos estágios mais avançados da doença.


Outras intervenções ainda estão sob investigação em humanos, mas mudanças no estilo de vida para dietas mais saudáveis, ricas em frutas e vegetais, peixes, grãos integrais e fibras e também pobre em carne vermelha, sal e açúcar refinado já se mostraram associadas à redução do risco de morte na doença renal crônica.


Além disso, devemos sempre avaliar o sono, ter um olhar para controle de stress e aumento de atividade física.


Certamente essas medidas tornarão o indivíduo mais saudável e, podem até futuramente se mostrarem essenciais na mudança da microbiota e no controle da disfunção renal.


Espero termos resultados em breve mas já sabemos que o estilo de vida saudável será sempre o melhor caminho. Seja na prevenção ou no tratamento


Gosto sempre de lembrar que o manejo da doença renal crônica é complexo e deve ser sempre acompanhado de um nefrologista que irá individualizar o tratamento.


doi: 10.3390/nu11030496

doi: 10.3389/fmed2021.790783

doi: 10.3390/jcm8091424


Vetores: Pngwing e Adobe Postado dia 05/09/22

Se você tem algum ou alguns desses sintomas aqui vai a dica:

Veja como anda seu intestino! Do que anda se alimentando? Que horas aparecem os sintomas?


Um intestino doente pode ser um grande contribuinte para queixas como as acima citadas.


Comece a olhar com mais atenção a tudo que tem ingerido. Repense os alimentos e suas funções. E lembre-se: mesmo alimentos saudáveis podem não ser os ideais pra você num determinado momento da vida.


Na dúvida, procure ajuda médica para o diagnóstico e tratamento corretos.


Imagem: FreepikPostado dia 28/06/2022

Diversos estudo vêm mostrando a importância da microbiota saudável visando a saúde de forma integral no indivíduo.


Quando eu digo microbiota estamos falando de bactérias, vírus, fungos e até protozoários.


Sempre explico aos meus pacientes que temos mais bactérias do que células em nosso corpo e precisamos, cada vez mais, entender o seu papel no organismo…hoje sabemos apenas uma parte de um grandioso mundo a ser desbravado!


Mas o post de hoje é sobre sua relação com doenças como alterações relacionadas ao humor e até ansiedade e depressão.


Diversos estudos vêm mostrando que pacientes com essas enfermidades apresentam menor variedade de bactérias e predomínio de bactérias inflamatórias (“ruins”) sobre as anti inflamatórias (“boas”) produtoras de butirato, propionato e acetato. Essas substâncias apresentam muitas funções benéficas no organismo.


A microbiota influencia a comunicação entre o intestino e o cérebro, modificando informações compartilhadas entre ambos e contribuindo para altercações em nosso estado mental.


O grande desafio é como manter um ambiente intestinal saudável.

Dica: Você pode começar questionando os seus próprios hábitos de vida. Tem se exercitado? Dormido bem? Como está sua alimentação?


Impossível querer ter predomínio de bactérias saudáveis no corpo se apenas contribuímos para o crescimento de bactérias “ruins” com hábitos de vida que nos prejudicam.


Se começarmos pelo básico teremos boas surpresas!


Vetores: gratispng e pngtreePostado dia 23/06/2022

Se você tem alguns desses sintomas: gases, estufamento principalmente após se alimentar, constipação ou diarreia, azia, cansaço e fadiga você pode ter SIBO: Síndrome do super crescimento bacteriano no intestino delgado (sigla em inglês).


Isso significa uma proliferação anormal e exagerada de bactérias “ruins” no seu intestino. Essa proliferação pode gerar alteração em absorção de nutrientes, deficiências nutricionais e uma inflamação intestinal com múltiplas consequências pro organismo.


Muitos pacientes tem esses sintomas há muito tempo e acham normal. Não é normal!


Procure seu médico para diagnóstico correto e tratamento. Normal é nos sentirmos bem com nossa digestão e dispostos para o nosso dia a dia.


Vetor: PngtreePostado dia 27/04/2022

Nosso corpo é repleto de bactérias, vírus e fungos. O conjunto deles forma a nossa microbiota. O fato é que temos mais desses microorganismos no corpo do que células, ou seja, somos mais bactérias do que humanos!


Então só esse fato já mostra que não devemos ignorar a presença deles não é?


Meus pacientes já sabem o quanto considero isso nos meus atendimentos.

Os microorganismos mais estudados são as bactérias, e hoje sabemos que muitas bactérias se associam à doenças e outras à saúde.


Muitas das bactérias relacionadas a saúde se alimentam de fibras produzindo ácidos graxos de cadeia curta que se associam à prevenção de ganho de peso, redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes e até câncer.


Além disso as bactérias participam de diversos processos no nosso metabolismo e até na absorção de vitaminas.


Por isso é tão importante pensarmos em estratégias para melhorar nossa microbiota.


Você já sabia sobre isso? O que faz pra melhorar sua microbiota?


Vetores: Adobe e FreepikPostado dia 18/11/21

Um estudo recém publicado no BJM, uma revista médica altamente conceituada, mostrou mais uma vez a importância da alimentação no desenvolvimento das doenças.


Nesse estudo prospectivo, 116.087 participantes foram acompanhados por quase 10 anos em 21 países, com o objetivo de investigar se o tipo de alimentação influenciaria na aquisição de doença inflamatória intestinal (chamadas doença de Crohn e Colite ulcerativa). E realmente, como se vê no esquema acima, o consumo de carne processada no mínimo 1x/semana, o consumo de açúcar no mínimo 100g ao dia e mais de uma porção de fritura por dia, aumentaram o risco em pelo menos 2x de desenvolver a doença.


Na realidade os resultados não nos surpreendem. Quem hoje não sabe o que faz bem e o que não?

Mas termos cada vez mais evidências científicas sobre o que falamos aos nossos pacientes no consultório é importante para nos embasar.


A saúde é um caminho que trilhamos a vida toda, através de nossos hábitos ao longo de nossa jornada. Podemos nos permitir sairmos do eixo de vez em quando, e tudo bem. Mas precisamos ter consciência do norte que queremos seguir, e voltar pro nosso equilíbrio de acordo com o nosso o objetivo maior.


Imagem: Medscape e FreepikPostado dia 23/08/2021

Na realidade a qualidade da sua ingesta alimentar é fundamental, mas o que o seu corpo faz com esse alimento é tão importante quanto.


Estudos tem mostrado que as bactérias do nosso intestino lidam de forma diferente com os alimentos. Isso significa que dependendo da nossa microbiota intestinal temos diferenças na absorção dos nutrientes, o quanto retemos de gordura e até como retemos.


Olhem que interessante! Dependendo das bactérias que temos e da quantidade delas, temos mais chance até de ganharmos ou perdemos peso. As bactérias do seu intestino são fundamentais para o seu metabolismo! Precisamos enxergar o papel desses microorganismos no nosso organismo para só assim compreendermos sobre a modulação intestinal, e como podemos intervir para termos mais saúde e vitalidade.


Postado dia 19/05/2021Vetores: Pngtree e Gratispng

A microbiota é definida como o conjunto de microrganismos (bactérias, fungos, vírus) que vivem no corpo humano e que vivem em harmonia, se não houver algum desequilíbrio.


Esses microrganismos são essenciais para o bom funcionamento do nosso intestino, por exemplo. Quando há algum desbalanço na composição dessas microorganismos, com crescimento exagerado de alguns em detrimento de outros temos o que chamamos de disbiose.


Nossos hábitos e padrões alimentares podem influenciar nossa microbiota em tempo real e determinar os tipos de microorganismos que teremos em nosso organismo.


O microbiota intestinal desempenha um papel importante na saúde humana e influencia o desenvolvimento de doenças crônicas que podem aparecer durante nossas vidas, incluindo obesidade, diabetes, síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias do intestino, doenças cardiovasculares e até depressão.


Portanto o cuidado com nossa microbiota é de suma importância e deve fazer parte do processo de busca pela saude de firma integral.

Vetor: Freepik.Postado dia 22/12/2020.

👉O termo microbiota significa um grupo de microorganismos que vivem em nosso corpo- bactérias, vírus e fungos (sim temos todos eles convivendo conosco!) e eles são essenciais as nossas vidas.

👉Em particular a microbiota intestinal tem sabidamente inúmeras funções no organismo, entre elas auxiliar na digestão de alimentos, absorção de vitaminas, reforçar a barreira intestinal, prevenção de infecções e modulação do sistema imune. Sim, para quem não sabe, grande parte das células imunes do organismo encontram-se no intestino.

👉O que mantém essa defesa toda funcionando é a diversidade dessa microbiota.

👉Nesse contexto nosso estilo de vida influencia diretamente nossos microorganismos. A dieta “moderna” ocidentalizada, o stress, a idade e comorbidades (doenças) que adquirimos ao longo da vida podem reduzir a abundância e diversidade desses seres vivos e impactarem diretamente em nossas defesas.

👉Por isso não espere remédios milagrosos para melhorar a imunidade. Alguns suplementos são sim interessantes, mas são complementares. Nosso estilo de vida é o mais determinante.


Postado dia 12/08/2020Vetor: pngtree

👉 Cada vez mais temos estudos mostrando o papel da microbiota (composta por bactérias, vírus e fungos) no desenvolvimento do nosso organismo, seja para nos defender ou para gerar doenças.

👉 A bactéria Oxalobacter formigenes nos ajuda a evitar formação de um dos tipos de cálculo renal, degradando o oxalato no intestino. Por outro lado, quando ela se encontra em baixas quantidades, pode haver um acúmulo de oxalato no intestino. Isso resulta em maior absorção e eliminação pelo sistema urinário, aumentando o risco de cálculo de oxalato de cálcio.

Não é incrível?🙃

👉 Num próximo post comento sobre os cálculos colonizados por bactérias...mas esse é outro tópico do assunto bactérias e rins. 😊

👉 O desafio agora é modularmos a microbiota intestinal a nosso favor. Nesses casos, a modulação intestinal pode ser um caminho para a prevenção de novos cálculos. 🙌 🙌 😀😉

Imagens disponíveis em Freepik|nighttampa7
Intestino microbiota Dra Patricia Goldenstein

O quebra cabeças está se formando! A cada novo estudo, aumenta o entendimento que o intestino é um órgão regulador. Sua disfunção gera um crescimento bacteriano inadequado. O que parece ser gerador de múltiplas doenças. Acredite você ou não, o nosso cocô diz muito sobre nós. Como está o seu cocô? 😊

Imagem disponível em Pixabay